Voo fretado na importação, o que preciso saber antes de contratar?

Tem surgido recentemente no mercado agentes de carga vendendo espaço em voo fretado na importação, conhecido também pelo termo “voo charter”.

Uma natural estratégia para o momento de pandemia, afinal, conforme menos aviões estão voando regularmente, menos opções há para transporte de carga.

E as expectativas para o ano não são promissoras no Comércio Exterior, a Maersk estima 140 Blank Sailings para o segundo Quadrimestre é IATA prevê uma queda entre 15-20% do tráfego aéreo para 2020.

Entretanto, assim como qualquer modo de embarque, voos fretados possuem vantagens e desvantagens e esse texto lhe apresentará o que é preciso saber antes de contratar.

O que é Voo Fretado (Voo Charter)?

Com efeito de não haver disponibilidade de espaço em aviões de linhas regulares para atender uma gigante demanda, os agentes de carga arrendam uma aeronave para realizar um transporte com rota e horário específicos.

O agente de carga pagará pelo arrendamento da aeronave a companhia aérea, que em seguida precisará give your jumps para vender o espaço aos seus clientes.

Em resumo, o agente de carga compra o espaço no atacado para vender no varejo aos seus clientes.

Evidente que o arrendamento não é simples como chamar um Uber, como definir a quem pertence riscos, responsabilidades de operação… Mas esta é a expertise dos Agentes de Carga e cabe a eles simplificar a venda aos clientes.

Também é possível arrendar parte de uma aeronave ou navio, entretanto, isso tende a ser viável apenas com veículos maiores.

As vantagens e desvantagens do voo fretado na importação.

Photo credit: Benedikt Lang on VisualHunt / CC BY-ND

Ainda que busque atender uma reconhecida demanda que justifique tamanha operação, o voo fretado na importação não satisfará logisticamente a todos.

Assim como as vantagens e desvantagens abaixo podem pesar diferente em sua decisão, conforme:

  • Tipo de produto: Peso, dimensões, classificação de risco e barreiras não tarifárias.
  • Mercado a atender no Brasil.
  • Sua localização e do Exportador em referência aos aeroportos da rota.

Mas é primordial conhecê-las, para evitar prejuízos ainda maiores (ainda mais num momento que precisamos reduzir custos) e trabalhar com harmonia com seu agente de carga, desde a cotação até sua chegada.

Vantagens

O bicho é brabo de rápido, mesmo para o transporte aéreo, o Transit Time Shanghai/Frankfurt -> Viracopos chega a ser 30 horas.

Isso é possível pois não há escalas no caminho para carregar e descarregar (apenas para reabastecer) e muito menos conexões, portanto, o tempo parado com troca de aeronave e movimentação de carga durante a viagem é inexistente.

Photo credit: Christian Junker | Photography on VisualHunt / CC BY-NC-ND

Maior garantia do embarque, o espaço comprado está seguro e será iniciado na data informada, diferente das linhas regulares que tem regras de prioridade que fazem você a ver navios aviões.

Para a carga, a importação em voo fretado fortalece a segurança em dois aspectos:

  • Manuseio: Ele será realizado por um subcontratado de seu agente de carga, que sem dúvida acompanhará para que seja feito com cuidado.
  • Transporte: Quanto menos tempo um veículo está em viagem ou movimentando carga, menor é o tempo de risco.

Além do próprio transporte aéreo ser mais seguro que o marítimo e rodoviário.

Desvantagens

No geral, costuma ser a opção mais cara dentro do transporte aéreo, portanto, aumentar o volume de produto pode ajudar a reduzir o custo do frete (apesar do câmbio não estar colaborando para isso).

Quanto maior o volume, mais feliz seu agente de carga fica.

Como falta espaço para embarcar, esse “caro” ainda pode ser mais barato que arcar com outros custos conhecidos, como:

  • Queda da efetividade da mão-de-obra por ociosidade.
  • Deixar de atender clientes no Brasil.
  • Maquinário e fábrica parada.

Mas ela não perdoa atrasos, se não entregar a carga em tempo (desembaraçada e pronta para embarque), será preciso arcar com o frete morto.

Em seguida, sofrerá com os prejuízos logísticos de movimentar, transportar e armazenar essa carga, até conseguir outro voo fretado.

Visto que não há opções de voo fretado na importação regularmente, a espera será longa.

Portanto, é essencial que seu exportador tenha tempo para produzir e entregar a mercadoria, além de um prazo extra de segurança para os eventuais problemas!

Por último, provável que precise pagar adiantado o frete, ao menos um sinal, pois como vimos, trata-se de uma operação bem mais arriscada para os agentes de carga e é preciso compartilhar os riscos.

O que também significa comprometer mais seu fluxo de caixa, ainda bem que a viagem é rápida.

Esse é um aspecto mais comercial, a depender da sua barganha e relação comercial, talvez consiga pagar depois da aeronave chegar. Como o usual da importação.

O planejamento está mais importante que nunca.

Photo credit: Jeroen Stroes Aviation Photography on Visualhunt.com / CC BY

O êxito de uma importação está no planejamento e no caso de embarcar em voo fretado, a logística internacional torna mais tênue ainda a linha entre o sucesso e fracasso da operação.

E cuidado, assim como a “empreendedores” que nunca importaram nem no Ali Express e já querem trazer um container de máscaras, cuidado para não trabalhar com agentes de cargas inexperientes nesse assunto.

Se o modo aéreo de embarque sempre esteve presente a você, considere cotar nessa modalidade, pois ainda ouviremos ofertas dela por um bom tempo.

Por mais que a pandemia terminasse milagrosamente hoje, serão meses para fábricas, comércio, companhias aéreas e armadores sincronizarem suas capacidades para atender as demandas.

E você, amiga(o)?

Já realizou importação em voo fretado? Tem conseguido embarcar em linhas regulares? Seu agente de carga está ofertando essa opção? Quais cuidados você daria para quem ainda desconhece?

O momento exige cooperação, portanto, dividir sua experiência nos comentários é mais importante que nunca.

Este artigo foi escrito com os amigos da LogComex e publicado originalmente em blog.logcomex.com

Quem é a Alemanha perante o Comércio Exterior Brasileiro?

Inicio uma nova série de textos com o objetivo de conhecermos outros países e sua relação com o Comércio Exterior brasileiro.

Começaremos falando dela, a 3º maior economia mundial, considerada por muitos a principal responsável pela relevância atual da União Europeia.

Nação de povo reservado, mas que não poupa o uso de consoantes no idioma materno.

Famosa de fato pela Oktoberfest, pelas cervejas, pretzels, linguiças, chucrute e outros pratos que causam sono em demasia.

Terra natal de Einstein, Noturno (X-Men) e Beethoven (o pianista, não o cachorro).

Grande compradora de café, cobre, motores de pistão e celulose do Brasil. E, mesmo sendo a 3ª maior fornecedora do Brasil, não lembrou disso na Copa do Mundo de 2014 – sim, amigas e amigos, hoje falaremos da Alemanha!

Geografia e demografia da Alemanha.

Recorte do Mapa político da Europa
  • Área total: 357.022km²
  • População: 82,9 milhões
  • Densidade 230 hab/km²
  • IDH 0,939 (Quanto mais perto de 1, melhor)

Localizada no centro do continente Europeu, banhada pelo Mar do Norte e Oceano Báltico, sua grande área faz fronteira com 9 países: Países Baixos, Bélgica, Luxemburgo, França, Suíça, Áustria, Tchéquia, Polônia e Dinamarca.

Ocupa o posto de maior população da Europa, ostenta o 4º maior IDH do mundo e a 22ª colocação no Índice Global de Paz, todavia, é previsto declínio no número de habitantes até 2024.

Alemanha, população de 2014 até 2024 (milhões)
Alemanha, população de 2014 até 2024 (milhões)

Uma vez que a Alemanha se submete ao sistema de Governo Parlamentarista, o presidente tem um papel mais simbólico e quem move mesmo o país, politicamente, é a Chanceler.

Angela Merkel

Angela Merkel, do partido União Democrata-Cristã (Centro-Direita), ocupa o cargo desde 2005 e, mesmo depois de tanto tempo e governando durante a pandemia, a satisfação de seu governo é superior a 70%, foi considerada pela Forbes a quarta pessoa mais poderosa do mundo

Dados econômicos alemães.

  • Moeda: Euro
  • *PIB: US$4,4 Trilhões
  • *Desemprego: 3,4%
  • *Inflação: 1,9%
  • *Dívida pública: 59,8% do PIB

*2019 – Heritage.org

Chegar na casa dos trilhões é, de fato, para poucos: a posição de 4ª maior economia representa 4,6% da economia global.

Sem dúvida que tal posição não foi conquistada de uma hora para outra. Analisando 30 anos de PIB, nota-se o estável crescimento e resiliência para continuar no mesmo ritmo após a crise imobiliária de 2008 (única forte queda no período).

Gráfico do PIB da Alemanha, de 1989 até 2019.
Gráfico do PIB da Alemanha, de 1989 até 2019.

Vimos que o território e a população Alemã não são pequenos, no entanto não estão próximos de Rússia ou Índia respectivamente, o que destaca a Alemanha, é a sua liberdade econômica e competitividade global.

Pontuação da Alemanha de Liberdade Econômica em 2020.
Pontuação da Alemanha de Liberdade Econômica em 2020.

Não apenas encontra-se bastante à frente da média mundial, ocupando “apenas” a 27ª posição, é importante ressaltar que os primeiros colocados são países menores em território e população, como Singapura, Nova Zelândia e Hong Kong.

De acordo com o relatório, apesar do sistema legal, tributário e contábil ainda serem complexos, eles compensam na transparência. O direito à propriedade por estrangeiros é protegido por lei, o sistema judiciário é independente e competente e raros são os casos de corrupção, e quando ocorrem são devidamente julgados e punidos.

Outros pontos que favorecem o desenvolvimento da liberdade econômica são a saúde fiscal e a liberdade para negócios, comércio e investimento, em contraste com o excessivo gasto governamental e alto custo na legislação trabalhista, que ancoram a evolução.

A Alemanha no Comércio Internacional.

A Alemanha é membro de todos os organismos internacionais tradicionais, por exemplo a ONU (1973), FMI (1952) e OMC (1995), também dos mais seletivos, como a OCDE (1961) e G7.

É importante membro na OTAN desde 1955 (apenas o lado ocidental), em virtude de possuírem o quarto maior poder militar do mundo.

Importante lembrar, que China e Estados Unidos nos ensinam que é possível guerrear sem armas.

Exportações e Importações

A enorme participação alemã no Comércio Exterior é inegável, 87,2% do PIB é oriundo de importações e exportações, com efeito de classifica-los em 2018, como a 3ª maior participante do comércio mundial de produtos.

Caramba, Alemanha, nem vou comparar com o comércio exterior brasileiro…

Por consequência, a logística de carga também se destaca: o porto de Hamburgo foi o 19º maior em movimentação e o aeroporto de Frankfurt o 11º.

Aeroporto de Frankfurt, Alemanha.
Aeroporto de Frankfurt, Alemanha (com muito photoshop…).

E não é uma questão de volume: pois suas exportações constam primordialmente produtos de alto valor agregado.

Top 10 principais produtos exportados pela Alemanha em 2019.
Top 10 principais produtos exportados pela Alemanha em 2019.

Além disso, é impressionante quão diversificada é a carteira de países para os quais a Alemanha exporta (o mesmo ocorre na importação).

Note que nenhum deles possui participação superior a 9%.

Principais parceiros de exportação da Alemanha em 2017.
Principais parceiros de exportação da Alemanha em 2017.

Essa diversificação garante segurança, desse modo, caso um país parceiro passe por dificuldades, é mais fácil para ele negociar com outros países.

Essa é uma das qualidades que garante a 7º colocação no Ranking de Competitividade Global.

Ranking de Competitividade Global da Alemanha (2019).
Ranking de Competitividade Global da Alemanha (2019).

A nota 100 refere-se a estabilidade Macroeconômico, de acordo com tudo que já visualizamos. O que a Alemanha precisa melhorar (comparado, a si mesma) em primeiro lugar é, na adoção de tecnologias de informação e comunicação (70) e em segundo, no desenvolvimento de seu Mercado de Produto (68).

A título de curiosidade (ou tristeza), o pilar do Brasil com nota mais alta é 79 e mais baixo, 46.

O Comércio Exterior brasileiro com a Alemanha.

Exportação, Importação e Balança Comercial, Alemanha, 2019
Comexvis

Por certo que o 3 maior mercado mundial é um importante parceiro comercial nosso, mas estamos perdendo mercado.

Temos perdido espaço nas exportações desde 2011, mesmo apesar de nossa moeda desvalorizar nos anos seguintes.

Gráfico do histórico anual das exportações (verde) e importações, Brasil e Alemanha. 20019 a 2019
Gráfico do histórico anual das exportações (verde) e importações, Brasil e Alemanha.

Similarmente ocorre na importação, importar produtos de valor agregado representam investimento, novos negócios e aumento da empregabilidade.

Se desejamos que o acordo Mercosul x União Europeia saia do papel, precisamos negociar forte com o principal membro.

De maneira idêntica ocorre com os produtos brasileiros de maior participação no mercado Alemão, eles estão em queda desde 2015.

Produtos brasileiros com maior participação no mercado da Alemanha, 2015 a 2018.
Produtos brasileiros com maior participação no mercado da Alemanha, 2015 a 2018 – APEX

Apesar deste declínio entendo que a recuperação é possível, exportamos os mais variados produtos, predominamos da Indústria da Transformação – que tem maior valor agregado –, portanto, é possível desenvolver em diversos mercados.

Ao menos para primeiramente, termos saldo positivo nas exportações e importações.

Visão Geral dos Produtos Exportados, 2019 – Destino Alemanha

Em contraste com a exportação, importamos da Alemanha os produtos de maior valor agregado (praticamente os mesmos que vimos anteriormente no Top 10).

Visão Geral dos Produtos Importados, 2019 – Origem Alemanha

E você, amiga(o)?

O que achou de conhecer a Alemanha e o Comércio Exterior brasileiro com ela? A forma apresentada foi interessante e dinâmica? Que conclusões você tem com essas informações? Tem outros dados para complementar? Compartilha com a gente nos comentários para engrandecer o assunto.

Logcomex

Este artigo foi escrito com os amigos da LogComex e publicado originalmente em blog.logcomex.com

Como integrar o setor de comércio exterior com sucesso na empresa.

Uma vez convencido dos benefícios de ter um setor importação e exportação dentro da empresa, de ter encontrado o profissional com as experiências certas para ele e de que é hora de inicia-lo, chegou o momento de integrar o Comércio Exterior aos demais setores internos.

E isso vai causar transtornos, pois diferente de Vendas, Financeiro e Contabilidade, o Comércio Exterior, sendo o último a estrear, vai afetar o trabalho destes departamentos e interferir nos seus próprios procedimentos.

Estou falando de empresas que não tem o comércio exterior como principal atividade.

Precisamos estar abertos às mudanças, mas é fato que não somos grandes fãs delas e, menos ainda, quando são causadas por terceiros. Contudo, os setores existem para otimizar e reduzir custos, então estas 3 dicas vão ajudar em como melhor integrar o departamento na rotina da empresa.

Pois queremos que ocorra da forma mais organizada possível, do contrário, quanto mais bagunçada a integração for, maior a demora do novo setor gerar resultado.

1 – Demarcar o espaço e a presença do setor.

Foto por Alex Qian em Pexels.com – Haja disciplina para trabalhar com um vídeo-game na mesa.

Ele pode até vir a pertencer a um setor maior como: Logística, Supply Chain, Suprimentos e etc., mas precisará ter seu espaço (não necessariamente físico) e um nome.

  • Essa é a Valentina do Suprimentos, ela cuida das importações;
  • Esse o Enzo do Comércio Exterior, ele faz as exportações;
  • Ali trabalha a Ana, é responsável pelo Comex da empresa.

Parece vaidade minha, a de puxar a sardinha, mas é uma maneira de ajudar os demais setores a entenderem o propósito do novo setor e em quais assuntos é importante ele estar presente.

Não é porque o setor chegou por último para se integrar que ele não é importante.

Agora, já imaginou nos exemplos acima se eles fizessem parte do Financeiro, Transporte ou Contabilidade? Sim, estes 3 departamentos também participam do Comércio Exterior, mas a importância e responsabilidade seriam desprezadas.

E se o profissional não sente que o trabalho dele é importante, ele vaza.

Foto por Luis Quintero em Pexels.com – Se alguém vazar, será necessário uma nova integração, quase desde o início

O nome pode variar conforme as atividades e responsabilidades que o setor vai assumir, pode ser que chamem de: Importação/Exportação, Compras/Vendas Internacionais, Logística…

Isso não é problema, o importante é ter um nome no momento que verem o crachá e a assinatura de e-mail.

2 – Determinar responsabilidades

Primeiramente, é necessário que o setor busque integrar as funções de Comércio Exterior que estão com os outros e para isso, é preciso encontrá-las e determinar com quem ficará, por exemplo:

  • A classificação fiscal dos importados continuará com a Contabilidade?
  • Compras internacionais continuarão com o setor de Compras?
  • Transporte rodoviário do porto até o armazém, continuará com o setor de Logística?
  • Não-Conformidade de produtos ainda serão resolvidas pela Engenharia?

Algumas funções podem permanecer nos antigos setores, mas operações de importação e exportação castigam demoras causadas por burocracias internas entre departamentos com prejuízos.

Christina Morillo em Pexels.com

Assim como haverá responsabilidades conjuntas, seguindo o exemplo da classificação fiscal, ele será o responsável por coletar as informações técnicas do produto com a Produção/Engenharia e trabalhar com a Contabilidade na classificação.

E como o setor não foi criado apenas para desafogar os outros, ele também deverá absorver serviços que estariam até então com terceirizados (Despachante Aduaneiro, Agente de Carga, Transportadoras…).

É importante registrar a quem pertencem as responsabilidades, para evitar conflitos e perdas de tempo causados pelo efeito “cachorro com dois donos morre de fome”.

Foto por La Miko em Pexels.com – Ou ganhe “amor” demais…

3 – Integrar os demais ao setor de Comércio Exterior.

Você quer que o departamento reduza os custos no Comércio Exterior, certo? Então é preciso que os demais setores se integrem a ele também.

E você, fundador do setor, precisará apoiar esta integração porque não será fácil (com possíveis brigas), uma vez que envolverá mudar regras e procedimentos de outros setores (e mexer no ego de um bocado de gente).

Vamos para mais exemplos, digamos que o:

Financeiro

Tem por regra:

Fechamentos de câmbio ocorrerão somente nas quintas, se toda a burocracia for entregue até segunda da mesma semana.

Do momento que foi pedido para comprar (provavelmente com urgência) até o dinheiro “pingar” na conta do exportador que vende somente por pagamento antecipado, isso pode levar fácil 15 dias.

Foto por Craig Adderley em Pexels.com

15 dias e a carga sequer foi coletada, é por essas e outras que surge a frase “A FÁBRICA VAI PARAR”.

Fiscal

Emite NF em até 24 horas corridas após solicitado.

Quinta à tarde solicita-se emissão da NF, recebe-a sexta a tarde, no último dia do primeiro período de armazenagem e o porto só tem horário para carregar o contêiner no sábado.

Armazenagem extra e demais custos com mão-de-obra trabalhando no findi.

Controle de Qualidade

Confere o que foi recebido de importados “quando dá”.

4 meses depois que a carga chegou, o Controle de Qualidade confere e emite um relatório dizendo que está faltando uma peça.

Cabe ao setor de Comércio Exterior se besuntar com óleo de peroba para exigir que o exportador mande a peça faltante de graça e acredite nele quando diz que ninguém mexeu no equipamento nesses 4 meses.

Foto por Pixabay em Pexels.com – É bom passar duas demão.

Estes exemplos mostram que não basta iniciar um setor de Comércio Exterior, os demais departamentos precisam se integrar em cooperação, da mesma forma que o novo setor precisa ajudar os demais.

Não apenas exigir, a harmonia entre setores demanda política, é preciso ceder para conseguir pedir e isso vai exigir regras, exceções e muito diálogo para que problemas como os de cima não ocorram.


Devido a quantidade de variáveis e exceções que o assunto possui, decidi por apresentar exemplos que me ocorreram, para ajudar em sua reflexão de como realizar a integração do setor de Comércio Exterior.

Conforme o setor se integra e absorve com sucesso mais funções, novas integrações serão necessárias para atender as necessidades e estratégias de sua empresa.

E você leitora(o)?

Já passou por esse tipo de integração, mesmo que não desde o início? Quais outras dificuldades e conflitos costuma ter com demais setores? Suas experiências vão engrandecer o assunto nos comentários.

Logcomex

Este artigo foi escrito com os amigos da LogComex e publicado originalmente em blog.logcomex.com

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Logística portuária: o que é, desafios e como impacta na economia do país?

O profissional de Comércio Exterior que realiza importações e exportações sabe o quanto a logística portuária afeta na produtividade e no custo total das operações.

Ela é a razão de passarmos pelas mais tensas situações, tais como conflitos no despacho aduaneiro, infelizes surpresas nas vistorias de carga, embarques rolados, carregamentos e descarregamentos não realizados…

E mesmo que tenhamos 175 instalações portuárias nos conectando por água mundo afora, diversos aspectos negativos atrapalham nossa competitividade perante o comércio mundial, bem como em proporcionar uma redução do preço pago pelo consumidor final.

O profissional de Comércio Exterior precisa entender a logística portuária para evoluir na qualidade de suas operações, por isso o texto vai apresentar os desafios dela no Brasil e como impacta no país.

O que é Logística Portuária?

A resposta estilo 5ª série seria “a logística do porto”, entretanto, não há nada de simples num lugar que recebe veículos por terra e água, movimenta cargas domésticas e de longo curso (ou seja, entre portos de diferentes países), sempre observando a legislação local, aduaneira, marítima e de diversos órgãos públicos ao mesmo tempo.

Ah, tudo isso lidando com os clientes do Comércio Exterior, que são os mais tomados pela urgência.

Para definirmos em poucas linhas:

Logística portuária é a gestão de mercadorias e pessoas, realizada numa infraestrutura que conecta o transporte terrestre e aquático, respeitando os processos administrativos das legislações que afetam a exportação, a importação e a cabotagem.

Vemos a complexidade mesmo que analisando unicamente a gestão de mercadorias, por mais que usemos scanners em contêineres, ainda é necessário abri-los para serviços como: separar, identificar, etiquetar e colher amostra.

Somado a isso ainda pode-se envolver a movimentação de muitas pessoas para o porto funcionar, são os estivadores, operadores de maquinário, caminhoneiros, despachantes aduaneiros, importadores, exportadores, fiscais de órgãos públicos, polícia federal…

Não citei nem metade dos que encontro ao visitar um porto.

Quais os desafios enfrentados na logística portuária brasileira?

O desafio para a logística portuária brasileira superar está principalmente em nossa infraestrutura.

É vago definir um único problema, mas entenda que, para um porto funcionar com máxima eficiência, é preciso infraestrutura além da área portuária.

Poderia lhe dar diversos exemplos práticos do que sofremos no Comércio Exterior, mas vamos usar o relatório de competitividade do Fórum Econômico Mundial.

Fatores mais problemáticos para fazer negócios no Brasil (2017-2018), 5º infraestrutura logística de suprimento
Motivos mais problemáticos para fazer negócios no Brasil (2017-2018)

A infraestrutura é o quinto principal fator problemático para fazer negócios no Brasil, dos 137 países avaliados neste relatório, temos a 73º melhor infraestrutura mundial.

Septuagésima terceira, também fiquei pensando como se fala quando escrevi.

E menção honrosa para as 3 primeiras colocadas que, com certeza não estão ajudando no desenvolvimento da logística portuária brasileira:

  1. Carga tributária;
  2. Corrupção; e
  3. Burocracia ineficiente.

Enfim, considerando a infraestrutura o principal desafio, sofremos com os seguintes sintomas e consequências:

A participação do Brasil no comércio mundial é pífia.

Há muitos anos que a atual 10ª maior economia do mundo representa apenas entre 1 e 1,4% do comércio mundial.

E não porque os demais países na frente estão no mesmo ritmo que nós, é por nossa balança comercial que oscila tanto, provando que não temos planejamento a longo prazo.

Gráfico Exportações (verde) e Importações brasileiras por ano
Exportações (Verde) e Importações brasileiras anuais – Comexstat

Igualmente vemos na logística portuária ao consultar a evolução de atracações de embarcações em longo curso, nos portos públicos (vermelho) e privados.

Sobe, desce, sobe, fica na mesma, desce…

Se não temos um constante crescimento no comércio mundial, não conseguiremos desenvolver a necessidade de evoluir na infraestrutura, pois a logística portuária atual teoricamente é o bastante.

Talvez até não seja, mas uma hora a movimentação cairá novamente (sei que o ideal é estarmos com uma infraestrutura melhor que o necessário, mas estou apelando para o que entendo ser a mentalidade brasileira de governar).

Falta de desenvolvimento de áreas portuárias.

Como afirmei anteriormente, áreas portuárias vão além dos portos.

Afinal, a qualidade da logística portuária é comprometida se as condições do transporte rodoviário e aquaviário que ele conecta não estiverem bem desenvolvidas.

Não é raro no Comércio Exterior a transportadora contratada perder o horário agendado a comparecer no porto, porque:

  • Ficou preso no trânsito da rodovia que não é duplicada;
  • Furou um pneu numa cratera apelidada de buraco; ou
  • Teve o caminhão roubado num trecho mal iluminado.

Como os caminhões no ano passado no Porto de Paranaguá que chegaram a esperar até 2 dias para descarregar.

Se os caminhões não conseguem carregar ou descarregar mercadorias nos horários agendados, o fluxo logístico do porto é comprometido e as embarcações precisam aguardar mais tempo que o normal, como em 2018 que precisou aguardar no porto de Santos até 9 dias.

Para portos como Santos e Itajaí, é quase impossível resolver o problema do trânsito, uma vez que não houve planejamento no crescimento dessas cidades que acabaram “engolindo” estes terminais.

Foto do Porto de Itajaí com navio CSAV Lauca atracado
Porto de Itajaí, cercado de residências, comércio e até um Shoppping Center – Fonte – Energia Hoje

Mesmo relevando a questão de calado (profundidade para atracação, explicação rápida), é possível acreditar que algum dia o porto de Itajaí cresça em movimentação para alcançar o nível que o porto de Santos tem hoje?

Limitadas opções de portos

São mais de 175 terminais todavia, cada um possui uma logística portuária limitada para atender determinados tipos de navio, carga e cliente.

Não consigo filtrar no sistema da ANTAQ os aspectos acima, mas vamos trabalhar com o que temos:

Mapa do Brasil com a localização dos terminais portuários
Localização dos portos no Brasil (Limitado ao Zoom no mapa) – Anuário da ANTAQ

Por exemplo, nem todos os terminais:

  • São alfandegados para receber embarcações em viagem de longo curso.
  • Possuem profundidade de calado para receber todas as embarcações que navegam no Brasil.
  • Recebem navios graneleiros pois são portos dedicados apenas a contêiner.

Visualizando o mapa e considerando os motivos pelos quais afirmo termos poucos terminais, de modo que menos opções.

Consequentemente, menos opções resultam num aumento de preço e limitam a escolha em razão da distância (uma vez que não temos malha rodoviária e ferroviária capaz de supri-la), pergunto:

Quanto um porto mais distante de você precisa ofertar, para compensar o custo extra de transporte rodoviário?

Quanto precisa e o quanto pretende, pois se você não tem um volume de embarques relevante (como a maioria das empresas que atuam no Comércio Exterior brasileiro), terá que se contentar com a tabela padrão mesmo.

O impacto da logística portuária na economia do país.

O impacto está ligado às operações de exportação e importação (também na cabotagem, mas o foco aqui é o comex). E ele pode variar bastante conforme o tipo de produto.

É fácil diluir o custo portuário na escala, como de grandes embarques a granel, com diversos contêineres ou carros em navio Ro-Ro.

Navio vermelho Ro-Ro (Roll on-Roll Off) carregando carros
Exemplo de navio Roll-On Roll-Off.

Por outro lado, esse custo representará de 30% a 40%, ou mais, em operações menores, como importações LCL (Parte Contêiner) ou de commodities de baixo valor transportadas em contêiner.

É impossível hoje exportarmos ou importarmos por água sem utilizar um porto, então independente do quanto ele impacte economicamente, é essencial que ele oferte um serviço a preço baixo para não encarecer o cliente final, estando ele no Brasil ou fora, que é quem realmente paga por todos os custos.

E para manter este baixo valor precisamos de infraestrutura para realizar a logística com qualidade e mais opções para ajudar no custo das pequenas e médias empresas que operam no Comércio Exterior.

E você, amiga(o)?

O que achou do assunto? Que outros desafios entende que temos que enfrentar na logística portuária, dentro do Comércio Exterior? Na sua opinião, quais os caminhos para se melhorar a infraestrutura? Vamos continuar conversando nos comentários.

GETT, Tecnologia para Comércio Exterior

Este artigo foi escrito para a GETT e foi publicado originalmente em seu Blog.

Demurrage de Container

Demurrage de contêiner: o que é e dicas úteis de como evitar.

É “curioso” como nosso meio carece de conteúdos com dicas realmente úteis de como evitar a Demurrage de contêiner, logo ele! Capaz de causar um nível de ansiedade tão alto, que a preocupação com o custo de armazenagem fica em segundo plano.

Na verdade, não é curioso, pois trata-se de um dos assuntos mais polêmicos no Comércio Exterior brasileiro e há muitos interessados em que ele continue nebuloso… Mas ainda não é o momento para dizer tudo que tenho vontade sobre.

Dito isso, vamos entender o que é, para depois conferir as dicas de “como” se proteger (o máximo possível).

Menos juridiquês, mais ação.

Photo by Martin Lopez from Pexels

Antes de abordar o assunto, entenda que tratarei aqui da Demurrage de contêiner no transporte unimodal, da forma que ela é usualmente chamada na importação portanto, não tratarei da aplicação dela em embarcações, que é onde o termo se originou.

Como focarei na prática das operações, peço licença para não sobrecarregar com termos e nomenclaturas corretas do Direito Marítimo.

Agora estamos Ok para começar.

O que é a Demurrage de contêiner na importação?

Se você é um pequeno gafanhoto no Comércio Exterior e ainda não teve o caráter endurecido pela Demurrage, vamos entender o que ela é:

O contêiner não é uma embalagem, ele é parte da embarcação e por isso é necessário devolvê-lo ao Armador (dono do navio) vazio e em condições para novo uso, para que possa utilizar na próxima viagem.

Só essa parte em negrito é tão polêmica que vale um artigo inteiro, então deixemos quieto por ora.

E para que o importador não procrastine a devolução do contêiner,  igual fazemos com os cursos e livros durante a quarentena, existe uma penalidade pecuniária (= dinheiros) pela demora chamada Demurrage, que começa a ser cobrada após terminar o período livre de estadia, bem conhecida na área pelo nome de Free Time.

Vendo na prática, digamos que um contêiner 20′ GP/Dry tem 15 dias de Free Time e os primeiros 5 dias de Demurrage custam USD40,00/dia.

Se a contagem do Free Time começar no dia 01/Mar (NORMALMENTE no dia seguinte da atracação do navio), ela acabará em 15/03 e, caso devolva o contêiner no dia 18/Mar, será preciso pagar 3 dias de Demurrage:

USD120,00 – Para não esquecer de vez, use esse trocadilho:

Trata-se da multa causada pela demórrage em devolver o container vazio para o Armador.

Dicas de como evitar a demurrage.

Photo by Lukas from Pexels

O Comércio Exterior eficiente precisa gerenciamento de risco, conseguimos eliminar alguns deles, mas a maioria, que inclui a Demurrage, é apenas minimizada, pois nosso trabalho depende de outras empresas e órgãos públicos para ser executado.

Além dos diversos riscos incontroláveis que eventualmente enfrentamos para entregar o contêiner vazio dentro do Free Time, conhecidos nossos como:

  • Fortes altas no câmbio;
  • Greves;
  • Desastres naturais; e
  • Pandemias.

Como as dicas buscam ser realmente úteis, não perderei seu tempo repetindo sugestões básicas de outros textos, como: Negocie o Free Time.

1 – Pare de importar com frete prepaid.

Embora pareça vantajoso deixar o exportador com o frete, o risco de pagar Demurrage é maior e essa é uma fração das 5 razões para não importar prepaid.

O Agente de Carga dele, principalmente seu parceiro brasileiro, vão aplicar termos e valores tabelados que planilha de custo alguma dá conta de prever.

E o fazem principalmente para se protegerem de riscos de inadimplência, mas muitos aproveitam seu desconhecimento de importação para bater a meta numa única operação… E isso não ocorre apenas no prepaid, veremos adiante.

É possível minimizar o risco e evitar a Demurrage negociando o pagamento e exigindo em contrato as condições que o frete marítimo deve atender, como o Free Time mínimo, mas na prática, se falharem em atender essas condições durante a importação, será preciso muito retrabalho discutindo com os envolvidos e cobrando prejuízos do exportador. Bem provável que ele não estará com pressa de te ressarcir.

Diferente de importar no Collect que cabe a vocêescolher o Agente de Carga, isso o ajudará a conseguir um Free Time maior e menor valor de Demurrage.

Sei que parece básico, mas esse erro é comum demais e o valor do prejuízo dificilmente será recuperado nas demais dicas.

2- Priorize utilizar contêiner Dry/GP.

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Custos de importação são complexos, por isso recomendo priorizar pelo contêiner clássico, conhecido como Dry ou General Purpose. Pois por ser o mais comum, seu valor de Demurrage é menor e é mais fácil conseguir um Free Time mais longo com ele.

Caso tenha uma importação pesada ou volumosa, é comum os exportadores pedirem para utilizar os contêineres especiais, que são mais fáceis de estufar a mercadoria, como o Flat Rack e o Open Top, os quais, além de possuírem Demurrages mais altas e Free Time mais curto, também encarecem o frete pelo espaço ocupado.

Talvez ele consiga estufar sua mercadoria num Dry se você pagar o aluguel de uma empilhadeira parruda, se possível, calcule os custos.

Porque além de aumentar a chance de evitar a Demurrage, o frete será mais barato comparado com o dos contêineres especiais.

E se você economiza no frete, automaticamente pagará menos armazenagem e impostos da importação.

3- Tenha a desova do contêiner como plano B.

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Gerenciar riscos também é ter planos de ação prontos para responder ao incontrolável, para não precisar sofrer de ansiedade enquanto vislumbra os últimos dias de Free Time acabarem.

Pois basta trabalhar com importação FCL para sua primeira treta de Demurrage acontecer, por mais que tentemos evitar.

A Demurrage é a consequência das causas incontroláveis que exemplifiquei no início (ou a bagunça que é sua operação, embora não seja o tema aqui). Com o gerenciamento de risco podemos evitar esse prejuízo mesmo que não tenha hoje um plano ação pronto.

Pois você sabe o que greves, desastres naturais e pandemias, têm em comum?

Elas não acontecem da noite para o dia.

Não é necessário pesquisar datas, seja greve dos caminhoneiros ou de funcionários públicos, elas são anunciadas durante a negociação das melhores condições buscadas. O mesmo com pandemias e desastres naturais: quem é do Comércio Exterior soube o mais tardar em janeiro que a situação do Covid-19 na China era séria.

Seja um mês ou uma semana de antecedência, isso é tempo o bastante para preparar a desova do contêiner como plano B. Portanto, para evitar ter um contêiner preso no porto, tenha negociado a desova com algum terminal alfandegado capaz de fazê-lo, dessa forma, poderá devolver o contêiner dentro do Free Time.

Isso envolve gastar com desova, com a entrega dele vazio e, talvez, inclusive com a transferência via trânsito aduaneiro, mas bem provável que compense, pois, considerando os valores de Demurrage praticados, raramente não compensa.

4 – Não trabalhe com Agentes de Carga que não visam seu sucesso.

Se algum Agente de Carga com que você trabalha te chama de “parceirão”, dá calendário, caneta e outros mimos o ano todo, mas:

  • Só informa a taxa Ptax, Free Time e Demurrage na cotação se você pedir;
  • E, se informa, é no campo das letras miúdas;
  • Te “ajuda” a lembrar que o Free Time acabou somente para cobrar o pagamento;
  • Cobra o dobro ou triplo do valor da Demurrage praticada pelo Armador; e/ou
  • Tem um Departamento só para tratar de Demurrage.

Bem, está na hora de você rever seu conceito de “parceria”.

Afinal, pouco adiantará importar Collect se estiver trabalhando com quem utiliza a Demurrage como fonte de renda.

A luneta é você procurando o free time na proposta do seu parceirão.

Digo Agentes de Carga, mas pode ser que o NVOCC, a Trading Company ou até o Despachante Aduaneiro estejam ganhando em cima desse esquema do qual infelizmente muitos participam.

Mas há quem preze pela transparência e para encontrá-los é preciso parar de aceitar essas condições imorais, descartá-los se insistirem nessa prática e procurar aqueles que te ajudam a reduzir riscos.

5 – Tenha um time para estar bem assessorado.

Essa dica não se limita ao escopo de como evitar Demurrage, qualquer plano B, C e D podem falhar e quando isso acontecer, é preciso ter o time certo para lhe ajudar.

É “quando” mesmo, não “se”, por mais que antecipemos o máximo de variáveis, elas se limitam à nossa experiência.

É importante estar bem assessorado por Despachantes Aduaneiros, Advogados Marítimos/Aduaneiros e consultores com experiência na importação.

Não apenas para te tirar da enrascada, mas para garantir no seu gerenciamento de risco que não aconteça novamente.

Mantenha-os por perto como amigos. Se precisar de indicações, fique à vontade para me procurar.

E você leitora(o)?

Está passando por dificuldades com Demurrage? Já aplicou alguma dessas ideias? Concorda com elas? Conte sua situação e experiência para continuarmos conversando nos comentários.

Este artigo foi escrito para os amigos da cheap2ship e publicado originalmente em seu blog.